
O poeta é Fénix
Em chamas de versos, o poeta se consome,
Na noite sem fim, onde a inspiração some.
Mas das próprias cinzas, surge um novo rumor,
Uma estrofe que nasce, vestida de dor.
O sol da manhã beija a tinta que sangra,
E nas asas do tempo, a Fénix se agarra.
Cada palavra escrita é uma pena que cai,
Renovando o voo que o mundo jamais viu.
Morre o homem, mas o verso permanece,
Na dança das letras, a alma enlouquece.
Poeta é mistério, é ciclo, é fragrância,
Que se extingue na morte e explode na criança.
Na palma da mão, o silêncio respira,
Entre tempestades que a mente retira.
Poeta é Fénix, na alma gravado,
Todas as noites morto, todas as manhãs renascido.
Assim segue o ritmo do eterno criar,
Na chama que arde sem deixar de queimar.
Poeta é Fénix, no peito incendiado,
Morte e vida em verso: um amor eternizado.
Cada alvorada traz a tinta fresca da ressurreição.

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