
Miríades de Versos
Enquanto houver luz nos meus olhos,
Enquanto meu coração pulsar devagar,
Escreverei sobre o brilho dos teus olhos,
E como me ensinaste a amar.
Quando o tempo marcar rugas no meu rosto,
E as minhas mãos tremerem ao escrever,
Ainda há de haver em mim um composto
De palavras que te quero oferecer.
Nas noites que passarmos acordados,
Nas manhãs de silêncio e café,
Irão nascer poemas delicados,
Que guardam o nosso amor e a nossa fé.
E se um dia a morte me levar consigo,
Não penses que cessará o meu cantar,
Pois cada estrela será um verso antigo,
Que do céu continuará a brilhar.
Miríades de versos te prometo,
Para além das fronteiras do existir,
No vento que sussurra com afeto,
Nas flores que não param de florir.
No canto das aves, no ondular do mar,
Na brisa que afaga o teu cabelo,
Estarei eu, eterno a declarar
Este amor que nem a morte pode tê-lo.
Pois não há fim para quem ama assim,
Nem silêncio que apague a poesia,
Escreverei para ti até ao fim,
E mesmo depois, na luz de cada dia.
Escrevo agora, escreverei amanhã,
E quando já não estiver aqui presente,
A tinta da minha alma, nunca vã,
Continuará a amar-te eternamente.
abril 2025
© Julio Miranda

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