Juramento

Nunca te menti —
as estrelas sabem falar.

Minhas palavras:
rios sem portas.
Marés testemunham:
a verdade é tua.

Teus olhos: mapas
de vento duvidoso.
Minhas mãos: só sementes
que não germinam o falso.

Cada “sempre” — raiz
no granito noturno.
Cada “agora” — astro
no teu pulso interno.

Segredos? Apenas
os que a ausência talha.
Mas teu nome é vértice
em minha batalha.

E se um dia formos
pó nos livros do acaso:
Fui eco do teu norte,
sombra sem muro ou laço.

Nunca te menti —
na cicatriz ou verso:
Toda mentira é exílio.
Eu escolhi o universo.

abril 2025
© Julio Miranda

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