
Carta ao Teu Ser
Se o amor fosse mapa, teu nome seria o norte,
E cada passo teu, uma bússola no meu peito.
Na curva do teu riso, planto sementes de sorte,
E colho, em teus silêncios, o verão mais perfeito.
Ternura é o teu jeito de dobrar a esquina do tempo,
Transformando segundos em laços de infinito.
Nos teus olhos, carrego o mar — navego sem leme,
E mesmo no inverno, sinto florir teu abrigo.
Amor não é só fogo, é brasa que não se apaga:
São as mãos que se encontram na dança do quotidiano,
O café da manhã que, em teus lábios, vira saga,
E o modo como a lua se faz lágrima em teu piano.
Se a vida é verso solto, contigo vira poesia —
Cada gesto teu, um verso que meu coração decora.
Não prometo mundos, mas oferto cada dia
Como se fosse a última semente… e tu, a aurora
abril 2025
© Julio Miranda

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