As Aparências Iludem, Mas o Amor Nunca

Nas fachadas do mundo, cores enganosas,
Sorrisos que escondem angústias silenciosas,
Brilhos que ofuscam, mas não iluminam,
Palavras vazias que a verdade eliminam.

As aparências tecem seu véu traiçoeiro,
Iludem o olhar mais atento e certeiro,
Constroem castelos de areia e de vento,
Que desmoronam ao menor movimento.

Mas o amor, ah, o amor é outra história!
Não se deixa prender em falsa glória,
Atravessa máscaras, paredes e enganos,
Perdura, resistente, ao longo dos anos.

O amor verdadeiro não mente nem finge,
É como água pura que a sede extingue,
Não se esconde por trás de falsos adornos,
Nem se curva perante os mundanos subornos.

Quando tudo mais falha e se desmorona,
Quando a ilusão se desfaz e abandona,
O amor permanece, firme e constante,
Como farol que guia o navegante errante.

As aparências passam, mudam com o tempo,
São como folhas levadas pelo vento,
Mas o amor, genuíno, profundo e sincero,
É eterno, inabalável, verdadeiro. Por isso confio nesta certeza rara:
As aparências iludem, com sua face amarga,
Mas o amor nunca engana, nunca mente,
É a única verdade, pura e permanente.

abril 2025
© Julio Miranda

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