Em cada imagem habita um universo de sensações à espera de ser desvendado. São janelas para momentos únicos, onde luz e sombra dançam numa valsa silenciosa, e cada pormenor sussurra histórias que nos tocam o coração. Partilho alguns instantes mágicos que transcendem as palavras, uma poesia visual que ecoa na memória e na alma.
Júlio Miranda
Tão perto, apesar da distância,
Do coração não podia ser mais sincera a aliança.
Confiamos para sempre no que somos,
E nada mais importa.
Clique em cima para ver o vídeo (1 minuto)… by Júlio Miranda


No crepúsculo, o céu pinta despedidas e promessas, onde o dia adormece e a noite desperta sonhos de um amanhã.
Nas ervas, brilham gotículas de esperança, Milhares de mundos suspensos na aurora. Cada pingo guarda memórias suaves, Sonhos noturnos prontos para voar. De mansinho, o sol desperta e as leva, Sussurrando promessas jamais cumpridas. Fica o vestígio molhado E a saudade de um instante fugaz. janeiro 2025 ©Júlio Miranda |
“Em cada amanhecer, o mundo é recriado.”
Khalil Gibran
Imagens com rima

Buçaco
Um obelisco se ergue, silhueta contra o sol,
Um farol de pedra, onde a memória se faz arrebol.
No céu, uma estrela de seis pontas, brilhando com fulgor,
Ecos de Buçaco, sussurrando histórias de bravura e dor.

Esposende (casa)
Entre folhas, um cálice se abre ao céu,
Pétalas de seda, púrpura e branco, em véu.
Magnólia em flor, um sopro de primavera,
Beleza efêmera, que o coração espera.

Esposende (casa)
No meio do verde, uma pérola se revela,
Camélia branca, pureza que nos gela.
Orvalho em suas pétalas, suave cetim,
Um segredo do bosque, guardado para mim.

Esposende (Marginal)
Sentinelas aladas, em postes de aço,
Gaivotas observam, o mundo em alvoroço.
Cinza é o céu, cinza é o mar, cinza é a cidade,
E elas, livres, buscam por outra verdade.

Esposende – Litoral Norte (Ecovia na Marginal, em cima do Cávado)
Passos na névoa, um caminho incerto,
Duas figuras, num futuro encoberto.
Onde termina a ponte, onde começa o sonho?
No horizonte cinzento, um murmúrio tristonho.

Esposende, Cávado
Esposende adormece, sob um véu de bruma,
Barcos baloiçam, na corrente que os embala.
Gaivotas em vigia, nos mastros do cais,
O rio Cávado segreda, histórias ancestrais.

Espinhal, “Pedra da Ferida” (Município de Penela)
Entre fendas de pedra, a água se precipita,
Força indomável, que a rocha se habita.
Um turbilhão de branco, num leito escavado,
O pulsar da cascata, num ritmo acelerado.

Fragas de São Simão – Ribeira de Alge (Figueiró dos Vinhos)
Fragas de São Simão, segredo desvendado,
Onde a cascata canta, um hino ao tempo parado.
Águas que correm, entre pedras ancestrais,
Um refúgio de paz, onde o silêncio diz mais.

Fragas de São Simão – Ribeira de Alge (Figueiró dos Vinhos)
Véu de água em queda, nas Fragas lendárias,
A natureza esculpe, esculturas centenárias.
Entre o verde e a rocha, um murmúrio constante,
A força da corrente, num bailado elegante.

Fragas de São Simão – Ribeira de Alge (Figueiró dos Vinhos)
Pedra sobre pedra, um lar se ergueu,
No coração de Portugal, o tempo se perdeu.
Mós de moinho, testemunhas do passado,
Histórias de trabalho, num silêncio guardado.

Esposende (junto à Foz do Cávado)
O mar se agita, num ímpeto selvagem,
Ondas se erguem, contra a rocha, em romagem.
Um embate de titãs, força contra solidez,
Espuma branca, num instante de altivez.

Esposende (junto à Foz do Cávado)
Um farol solitário, sob o sol poente,
Guardião do mar, em vigília clemente.
A areia dourada, reflete a luz do dia,
Enquanto o oceano, murmura uma melodia.

Esposende – Farol (Forte de S. João Batista)
Farol de Esposende, rubra sentinela,
Erguido junto ao forte, numa união bela.
Histórias de navegantes, sob o céu anil,
Um marco na paisagem, de um Portugal heril.

Esposende (junto à Foz do Cávado)
Conchas na amurada, um encontro casual,
Pequenos tesouros, que o mar deixou, tal qual.
Ondas quebram ao longe, num murmúrio constante,
E o sol se despede, num adeus radiante.

Esposende (Praia)
Brinde ao mar, num cenário de encantar,
Onde as ondas dançam, sem nunca se cansar.
Vinho tinto na taça, um sabor aveludado,
Num momento perfeito, para ser apreciado.

Grândola – 25 de abril
No céu de Grândola, a magia se acende,
Fogos de artifício, a noite se incende.
25 de abril, um brilho no olhar,
Estrelas cadentes, feitas para celebrar.

Luar em Penela
Lua Azul no céu, um raro esplendor,
Mística e serena, em suave fulgor.
Um convite ao sonho, num manto de magia,
A noite se curva, à sua poesia.
Imagens e textos por Júlio Miranda
